domingo, 20 de junho de 2010

Cor

Pausa para uma homenagem a uma história paralela, que volta e meia se cruzava com esta.
Tão diferente, mas igualmente linda.

Linda... bem colorida.


“No meio de um monte de flores brancas que balançam com o vento, uma agoniazinha. Um bater de asas colorido que adora estar ali, mas precisa de mais cores; outras flores.


Uma estrada, longa e incerta. Buracos, morros, e mais estrada. As outras flores transformam tudo em dourado.


E as flores brancas? Saudades delas, mas as cores das flores atraem sua essência. Não se pode enganar a essência, que é nada mais do que cor.


Uma breve passagem pela cor: “A cor é um pedaço de cada coisa”.


O pedaço branco ficou guardado. O caminho incerto da estrada ficou dourado.

Então o bater de asas colorido encontrou suas flores, cheias de cores.


Hoje só se fala em cor. O som, e seu breve encontro com a cor não tem vez nesse momento. Merecido.

Este som está completo em meio ao branco, apesar de ecoar notas longas e ressonantes quando se lembra daquele colorido esvoaçante.


Esvoaçante colorido, que bate asas, que quer ser e ter, que mostra toda sua beleza em qualquer ponto do espectro, e que contrasta sem medo qualquer elemento cromático. Que charme. Essencialmente incomparável.


Queria saber como está agora aquela agoniazinha. Como se movimentam aquelas asas. Mas como misturar cor e som? Só se sabe que seria belo. Seria, como foi, e como não se sabe se um dia será. Mas, como o que importa é a condição absoluta do ser, a noção do tempo perde a vez, e tudo volta ao plano do sonho.


Ô sonho! Borboletas são feitas de cores, sonhos e movimentos. Então a cor, que sempre sonhou, bateu asas e voou”

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