segunda-feira, 19 de setembro de 2011

dezenove de setembro de todos os anos


"Você passa, eu paro. Você faz, eu falo. Mas a gente no quarto sente o gosto bom que o oposto tem. Não sei, mas sinto, uma força que embala tudo. Falo por ouvir o mundo, tudo diferente de um jeito bate.

Todos caminhos trilham pra a gente se ver. Todas as trilhas caminham pra gente se achar, viu? Eu ligo no sentido de meia verdade. Metade inteira chora de felicidade."

Quando as coisas são para acontecer, não importa quão longe se vá, todos os caminhos são círculos.

Precisou Caetano Veloso juntar com aquele molequinho pra acreditar em mim.

Mas que bom que acreditou.

sábado, 3 de setembro de 2011

Moreninha


Quando era pequena fez um pedido: quero ser criança pra sempre. Assim cresceu, virou uma mulher forte, o pipoco do trovão. Cresceu? Acho que não. Tem hora que eu acho que to falando com a Wendy.

Saia de casa e quando não conseguia o que queria ficava de bico, de calundu. Isso porque encarnava o personagem da adulta e sabia que não era ela mesma. Agora volta pra casa toda feliz e suja de grama.

Dura essa tarefa de crescer. Por isso me identifiquei tanto. Quem melhor que alguém que se fantasia de sapo, e vê a todos como personagens de um fairy tale, pra reconhecer um nativo da terra do nunca?

Todas as suas feições, sonhos, história, e até a data que está no RG, ficam no segundo plano daquele all star ridículo. hehehe. Não adianta. Ela e mainha nunca deixarão de ser molecas. Ainda bem.

As emoções são facinhas. Ri como se tivesse engolido um palhaço e chora de soluço. Um dia me fez voltar a ser assim. Desde quando ainda apanhava de mamãe não saia tanta água de meu olho.

Talvez eu não sinta tanta falta dessa moreninha. Quando der saudade, é só olhar no espelho.