quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

2011 ... 2012

Em 2011...

Fiz escolhas erradas, coisas erradas. Perdi amigos, empregos, pessoas legais, oportunidades, número de celular, memória, vergonha, comportamento politicamente correto, dinheiro, peso, paciência e sono. 

Fiz escolhas certas, coisas necessárias. Ganhei vivência, cultura, idioma, amigos, motivação, atitude, coragem, milhagem, humildade, experiência, maturidade, um amor e um filho.

Não vou mentir que estou com medo de 2012. Que bom. Vai me manter esperto.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Papai (Noel)

Papai Noel (do Céu) tem sido de uma generosidade incalculável comigo. Sinto cada interferência Sua em minha vida, claramente.

Desculpem-me os amigos céticos, mas as coisas não podem ser explicadas cartesianamente. Infinito aleatório é uma contradição. Existem coisas que nem o extremo da inteligência humana é capaz de compreender, simplesmente porque não deve entender.

Desculpem-me também os portadores do pessimismo e da teoria da conspiração, mas um filho não é um ativo contábil. Nasci num hospital público, voltei pra minha casinha de telha de eternit de um cômodo de ônibus e nunca tive carrinho de bebê. Entretanto, hoje sou o que sou. E minha mãe? Minha mãe merece um estudo de caso.

Não será fácil, eu sei, mas que ninguém duvide da minha capacidade. Sou criança o suficiente para estar entre elas, entender sua linguagem de uma forma que pareça apenas uma que cresceu demais. Sou adulto o suficiente para lidar com a maior das dificuldades da vida, pessoal ou profissional. Sou humilde o suficiente para recomeçar do zero e provar, mais uma vez, onde posso chegar. Sou forte o suficiente para passar por cima de qualquer obstáculo, e que ninguém queira ser um.

Hoje é uma mistura de alegria, apreensão, ansiedade. Amanhã com certeza será só a primeira.

Meus pais, meu irmão, minha família, meus amigos. Minha borboletinha e meu girino. O que eu quero mais?

domingo, 11 de dezembro de 2011

Para sempre



A gente consegue driblar o destino. Pular etapas, voltar no tempo, fazer tudo como não deveria ser. Mas tem suas consequências. O tempo fica meio desarrumado. Coisas boas acontecem rápido ou lento demais.

Tudo conspirava para destinos opostos, mas o mundo é redondo. Aconteceu que demorou, mas os caminhos tortos se encontraram de novo, e atrás deles uma trilha de coisas quebradas. Algumas puderam e podem ser consertadas, outras não.

O mundo inteiro, inclusive eles, tentou fazer com que nunca mais. Bastava um olhar pra reacender a esperança de um cada vez mais distante para sempre. A teimosia foi atendida.

Todos do lado oposto olham com desconfiança. Uns declarados, outros apenas torcem para que dessa vez ninguém saia tão ferido. É fato que agora terão que ser fortes como nunca. Agora existe alguém a quem ambos amam mais do que um ao outro, e não há a opção de nunca mais.

Enfim, pulos, vôos, verdes, dourados, coloridos, sóbrios, esvoaçantes, quadros, caixinhas, anéis, bichinhos, estacionamento de shopping, petit gateau, encruzilhada, distância, distância, distância...

Nunca houve distância. Sempre esteve dentro de mim, dentro de você. Dentro de você.