quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Alice, o bolo e o antídoto

O sapo sente-se tão estranhamente seguro.
Antes um mar de incertezas, com tsunamis de inspiração. Agora uma calma incomum, sem ter muito o que contar.

Ficava caçando borboleta, tentando voar sem conseguir. Não tinha o menor medo de se esborrachar no chão, tanto que acabou acontecendo.
Então procurou mais conforto para seu mundo verde. Não precisava de tantas cores, nem de tantos saltos, apenas não se esborrachar mais.
Conseguiu. Mas, como toda sucessão, é antagônica, nunca complementar. Traz consigo outros efeitos colaterais.
Agora o sapo sente-se estranhamente feliz em estar deitado na cama assistindo TV, só engordando.

Reclamando de barriga cheia né?

É... deve ser. Pior só pra vocês que ficam sem textos.