quinta-feira, 13 de maio de 2010

Pre lúdico

Era uma vez um sapinho...

Ele não era muito social não, morava no guarda-roupa.

Certo dia ele se rebelou e fugiu, mas no pé dele tinha um velcro e ele ficou preso na cortina, pendurado de cabeça pra baixo. Aííííí o guarda da roupa de madeira colocou ele de novo no maleiro escuro.

Até que ele gostava de lá, tinha muitos amigos de papel, que contavam historias. Tinha também um casal de aventureiros, que gostavam de acampar, mas só acamparam uma vez na varanda de uma casa sem parede...

O sapo era bem feliz com seus amigos, e de veeeeez em quando mais alguns amigos entravam lá levados pelo guarda da roupa de madeira.

Eram engraçadas as histórias de todos os amigos. Todas diferentes, confusas, felizes, tristes, mas no final sempre engraçadas.

Tinha um cachorro preguiçoso, que morava na porta vizinha do guarda roupa, tinha uma garrafinha esnobe com crise de identidade e achava q era Napoleão, tinha um quadro que ficava com a imagem virada pra parede, e o sapo.

E o sapo... enfim... essa vai ser a historia do sapo. Não importam quantos vizinhos ele tenha, ele vai sempre ser um sapo.

Sapo não tem pretensão, nem sonha...
Aliás, ele sonha, e quando dorme ele vive...
Ao contrario?

Todo mundo sonha, e busca o sonho. O sapo só sonha, sem fechar o olho.

O mal é só a insônia, mas ninguém é perfeito

Aliás, o sapo não gosta muito de sonho não, prefere canjica. Mas tem um capitulo só pra isso.

Por que o sapo? Por que eu to lendo isso?
Geralmente a resposta fica por conta do leitor, mas geralmente também não tem sapo na história.


(essa parte é como se fossem as notas de rodapé)
A gente escuta algumas historinhas quando é criança, onde o sapo vira príncipe. Mas sapo não vira, e nem quer virar príncipe. O dom está em se transformar em sapo também.

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