segunda-feira, 17 de maio de 2010

Caixinha de sonho

Dia desses o sapinho teve um sonho...

Estava rodeado de amigos, cheio de energias positivas. Ele acordou com a certeza de que o mundo era maior do que o maleiro.

Uma princesa foi buscar o sapo com seu burrinho branco, e foram eles encontrar a côrte para uma tarde que seria inesquecível.

Côrte? É! E quem reinava era o bobo. O bobo do sapo. A princesa era uma caixinha de música, que dançava na ponta do pé.

Mas o engraçado é que a música era tocada pelo bobo do sapo. Sempre as mesmas, mas todas lindas, daquelas que a gente sempre quer ouvir.

Então encontraram-se com os outros bobos e princesas.

Primeiro assistiram o jogo dos bonecos de pebolin, e os nossos venceram! Depois foram lá pra giraluz, ver a luz bater no mar. Lá onde o bobo vira rei, uma vez por ano, quando as mesmas músicas envolvem todos os bobos do mundo. Elas saem de um caminhão, cheio de luz e som. Aí todos os bobos são igualmente majestade. Não tem súdito, só bobo nessa côrte.

De repente estavam o sapo e a princesa, vendo a luz bater no mar, e o tempo parou.

Nínguem sabe, mas o sapo tem esse poder. Ele faz o tempo parar. Mas só quando o mundo merece. Quando todas as estrelas, de todas as galáxias, brilham ao mesmo tempo. Quando todo o sentido do mundo se faz presente, e nada é mais importante do que sentir.

Todo mundo diz que o que é bom dura pouco. Será? Essa é uma pergunta difícil para um sapo, que vive sonhando e dorme vivendo. Tudo que é bom dura o tempo que ele quer. Coisas ruins são só pesadelos, que acabam com um susto, e fazem ele sonhar mais forte.

E o que é o tempo? Ele também não sabe. Sonho não tem tempo. Tudo dura o tempo que o sono deixar. No caso dele, o tempo que o guarda da roupa deixar.

Então ele decidiu deixar continuar. Afinal, nem todo mundo tem o mesmo poder, e precisa viver pra aprender a sonhar também.

Foram, depois daquele momento atemporal, para o castelo, onde a caixinha de música era guardada. O sapo, a princesa e a côrte. Contaram aos outros a mágica daquela tarde, e durmiram.

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