quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

uma boneca e um jardim

Viver, sonhar, permitir, desaguar, querer, sonhar...
E durante todo esse tempo o coração ficou feliz só de imaginar aquele sorriso.

Talvez o ego não tenha a ínfima razão da sensibilidade do alter verde. Talvez seja essa a razão dele existir. Talvez a razão tenha vencido o mar de emoções que habita estas linhas.

Porém, se há esse mar, ele existe de fato. Pode não ser pacífico, mas é quase tão imenso.

É triste saber que o que se mostra não consegue ser o que se sente, mesmo já tendo vivido exatamente o inverso. Mas agora não há auto-análise que resolva esse bloqueio.

Triste, mas sem uma lágrima.

Um dia o brilho do amor chegou, e plantou naquele lugar, não uma flor, mas o mais belo dos jardins. O reflexo daqueles olhinhos quase fechados o iluminava, e essa imagem ficará pendurada no maior quadro daquela parede amarela.

No quadro: um sapo, uma boneca, um sorvete de limão e um jardim.

Então o sapo se deitou, sorriu, e ficou com aquela linda lembrança.

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