segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Que jeito...

Voltou ao maleiro e percebeu que tudo já não era do mesmo jeito. Perdas do ego o fizeram parar e pensar um pouco em como tudo isso aconteceu.

Já não tinha noção do número de encruzilhadas em que se meteu. Talvez alguma força maior estivesse testando sua capacidade de não olhar pra trás.

Olhou. Como não olhar? Tenta seguir pulando cada vez mais alto, mas cada centímetro a mais o afasta de seu maleiro, de seu pé de umbu, pé de coelho.

Sua coelha também pula, não? Só ela sabe o quão alto pulou. De lá de baixo, de uma distância tão maior. Pulou e deixou seus girinos um muito mais perto do cume. Um agora pula com molas, que um dia serão foguetes, o outro, ele, no caso, com nuvens.

Constrói suas nuvens olhando pro céu e pensando no que quer que seja. A vantagem do maleiro ser no alto é que já fica mais perto delas. Um dia ele estava em sua nuvem, viu um avião azul passando e pegou uma carona.

Foi a um lugar onde se sentiu tão alto quanto o benzão. Mas também sentiu-se menor do que um trevo. Viu o castelo onde o Shrek salvou a Fiona do Dragão. Percebeu o quanto o mundo pode ser melhor, e quão ruim ele já foi. Se perdeu na terra da Jade, Inshalá. Dormiu na rua por um dia.

Precisava contar tudo aos seus amigos. Voltou ao maleiro e percebeu que tudo já não era do mesmo jeito.

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