sábado, 3 de setembro de 2011

Moreninha


Quando era pequena fez um pedido: quero ser criança pra sempre. Assim cresceu, virou uma mulher forte, o pipoco do trovão. Cresceu? Acho que não. Tem hora que eu acho que to falando com a Wendy.

Saia de casa e quando não conseguia o que queria ficava de bico, de calundu. Isso porque encarnava o personagem da adulta e sabia que não era ela mesma. Agora volta pra casa toda feliz e suja de grama.

Dura essa tarefa de crescer. Por isso me identifiquei tanto. Quem melhor que alguém que se fantasia de sapo, e vê a todos como personagens de um fairy tale, pra reconhecer um nativo da terra do nunca?

Todas as suas feições, sonhos, história, e até a data que está no RG, ficam no segundo plano daquele all star ridículo. hehehe. Não adianta. Ela e mainha nunca deixarão de ser molecas. Ainda bem.

As emoções são facinhas. Ri como se tivesse engolido um palhaço e chora de soluço. Um dia me fez voltar a ser assim. Desde quando ainda apanhava de mamãe não saia tanta água de meu olho.

Talvez eu não sinta tanta falta dessa moreninha. Quando der saudade, é só olhar no espelho.

4 comentários:

  1. com esse seu jeitinho especial me fez chorar de novo... E eu amo vc!!!!

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  2. Cronicas de um Mudo... HAHAHA

    Sério, muito bom, Zé! Vc dá para o negócio mesmo! :)

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  3. Ai Carlinhos, você é demais viu. Quando eu crescer quero...Ops, uma dia quero conseguir escrever ao menos um pouco como você. Obrigada por tudo, obrigada por gostar de mim do jeito que sou. Obrigada pelas palavras. Estou soluçando agora. Beijos!

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  4. Q lindoooooo!!!! Negro lindoo....nao sabia desse blog...agora to dentro.....e alem de chorar me identifiquei mto com este texto...e realmente ela e desse jeito diretamente da Terra do Nunca...beijaooo!!!

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